terça-feira, 26 de março de 2019

O QUE TEMOS A VER COM NEPOTISMO?


Resultado de imagem para nepotismo         A pouco tempo entrou em franca discussão pelas ruas e botecos a questão do nepotismo, como o assunto adentrou ao legislativo e a pressão popular foi forte, o debate foi inevitável e tomou proporções. Como solução, a alternativa foi acabar com alguns penduricalhos administrativos provenientes de endosso familiar que gerou o dito nepotismo.

Resultado de imagem para governador moises reforma administrativa         A pouco tempo, o Presidente da República Jair Bolsonaro (PSL) exonerou cerca de 21 mil funcionários comissionados, na grande maioria, apadrinhados políticos. Em Santa Catarina, o Governador Comandante Moises também do PSL, entregou o relatório da Reforma Administrativa ao Presidente da ALESC no qual, entre os itens a serem analisados está a extinção de mais de 2.000 cargos comissionados. Atitudes que merecem reconhecimento, algo bem diferente daquele adotado por algumas prefeituras que andam na contramão da ética, da moral e da Lei.

         Portanto está escancarado que a pratica de acabar com os penduricalhos realmente não é uma pratica comum, alguns ávidos administradores (novos, velhos ou idosos), em claro deboche a legislação e cegueira da justiça, continuam inchando a folha de pagamento com nomeações e mais nomeações, indiferentes aos prejuízos causados aos cofres públicos. Muitos destes apadrinhados, aparecem apenas para recolher o salário no caixa eletrônico sem nada produzir em beneficio da sociedade.

         Para piorar ainda mais, tem aqueles que jogam no time dos mais folgados, só aparecem nas repartições para registrar o ponto quando são convidados. Porém, é claro que nem todos são iguais, para sorte da humanidade e pessoas descentes, há uma bela parte de comissionados que levam o resto do time nas costas e acabam fazendo a diferença, porém são poucos, geralmente mal remunerados e ainda criticados por aqueles que adotam a vadiagem administrativa como conceito próprio.

Mas volta e meia o Ministério Publico resolve apertar o cerco aos patrocinadores do “óleo de peroba”, esboça uma pequena reação ao deboche escancarado mas logo enfrenta a forte resistência e enrolação. Por fim, acabam por aparecer aqueles que querem tirar uma casquinha e já iniciam seus discursos falando (da boca pra fora) em apresentar um projeto de lei destinado a colocar um fim no nefasto nepotismo que impregna o setor público, transformado em abrigo de luxo para acomodar parentes, aderentes, amantes e amigos dos amigos.

Imagem relacionada         Mas vocês já pensaram se não fosse bem assim? Hoje temos Leis que deveriam ser mais rígidas, a própria Constituição Federal é direta e objetiva mas amolece na rigidez, aponta posicionamento sobre a admissão de pessoas ao serviço publico quando estabelece a necessidade de concurso publico como porta legal de acesso ao cargo publico.

Porém o fato mais curioso de tudo isso é que a própria legislação contempla o uso de cargos comissionados como passagem para a administração pública, criando, por tabela, sinecuras, não por acaso vulgarmente chamadas de “tetas” ou “mamatas”, pois é essa a ideia mais comum que se tem dos favorecidos do poder.

Mandatários, dirigentes e administradores dos órgãos públicos precisam definir suas respectivas posições a respeito da extinção do nepotismo no âmbito de todos os poderes, sem exceção. Medidas protelatórias não ajudam em nada. O momento e a hora é agora, os políticos tem que arregaçar as mangas, meterem a mão na massa e dar uma demonstração de coragem e respeito à sociedade, que lhes paga o salário, a não ser que estejam atolados até o pescoço no lamaçal deste nepotismo.

         Caso contrário vai acontecer como em uma famosa cidade onde após a determinação judicial pelo fim do nepotismo, o efeito bumerangue já foi acionado e quem não voltou sorrateiramente ao cargo outrora ocupado, está absorvendo muito mais que proventos no autoritarismo do amplo espaço concedido, mandando e desmando muito mais que gestores legalmente empossados e ainda, gozando de um pseudo socialismo determinando o suborno alimentício através das alimentação básicas social...

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